"Vivemos ainda nesse estranho regime que associa a moralidade à crença religiosa, como se existisse alguma relação entre religiosidade e comportamento moral, como se não soubéssemos nada sobre a lambança feita pelos padres com as crianças e adolescentes – para não falar dos séculos de lambança obscurantista e anticientífica promovida pelas religiões..." Idelber Avelar

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

POSTAGENS NO SITE IRRELIGIOSOS de Diamantino Penida


Diamantino Penida

  Igreja e controvérsia sobre a pedofilia Por Diamantino Penida

A pretexto de escândalos pedófilos no seu seio, a Igreja Católica, segundo os seus seguidistas e apoiantes, está a sofrer um dos muitos ataques previstos pelo seu fundador. Perseguição rotineira quotidiana, portanto, nada de novo sob o sol: as forças "diabólicas" fazem o seu trabalho. Segundo essa carneirada de seguidistas, o que precisamos saber sobre os "inquisidores secularistas" do terceiro milénio é que a prática da pedofilia é pregada e defendida pelos seus próprios referenciais… Continuar


Diamantino Penida

Deus e religião: está tudo na nossa mente Diamantino Penida

A ciência nunca poderá provar ou refutar a existência de Deus ou um de Poder Superior. Afinal não é este o elemento essencial da fé? Uma fé que não precisa de provas?
Mas talvez a prova sempre esteve nos nossos cérebros.
As nossas percepções, emoções e reações ao mundo que nos rodeia começam no nascimento e modelam as nossas atitudes e as nossas interações ao longo da nossa vida e, através delas, sabemos em quem confiar, o que esperar e como lidar com as coisas. A formação das…Continuar


Diamantino Penida

Sexo e confessionário Diamantino Penida

Querendo arrebatar-me a alma, o Divino Esposo mandou-me cerrar as portas da morada: perdi o fôlego, não pude absolutamente falar, perdi os sentidos, esfriaram-se-me as mãos e o corpo. O toque divino produziu-me dor aguda, ao mesmo tempo saborosa..." (Religião e sociedade)
… Continuar


Diamantino Penida

O LIVRO QUE A TUA IGREJA NÃO TE FARIA JAMAIS LER (Piegiorgio Odifreddi) Diamantino Penida

“O livro que a tua igreja não te faria jamais ler” aborda de forma honesta e corajosa a questão mais polêmica de todos os tempos: a religião. Entre as suas páginas, as contribuições de teólogos, historiadores e pesquisadores independentes revelam mistificações, lançam luz sobre antigas crenças e confrontam o lado obscuro da fé confrontando argumentos que escalões superiores de todas as confissões religiosas tentam esconder do conhecimento das pessoas.
Uma leitura chocante que, página após… Continuar


Diamantino Penida

IR PARA IRRELIGIOSOS http://irreligiosos.ning.com/

BULE VOADOR VIA TWITTER - "DESINTEGRAÇÃO EMOCIONAL"

 BuleVoador - LiHS 

Segundo padre, ateus sofrem de “desintegração emocional”


Transposto na íntegra do site BULE VOADOR pela importância da temática:
Autor: Robson Fernando
Editora: Rayssa Gon
O Padre Robson de Oliveira Pereira escreveu um texto em que acusa as pessoas desprovidas de fé religiosa e crença no deus cristão de sofrer de “desintegração emocional”,  ”anormalidade espiritual” e de ser “vazias de si”. Na sua publicação, sugestivamente intitulada “A religião nos revela quem somos!”, demonstra logo no segundo parágrafo sua ignorância em relação à mentalidade dos ateus.
Todas as pessoas contêm em si as estruturas necessárias para que o dom da fé seja recebido. É a fé que confere espiritualidade ao indivíduo. Já a ausência dela designa aquilo que a mística chama de desolação. Cabe ao processo de conversão ampliar a consciência humana, norteando-a pelo fio condutor, no ato de crer em Deus. Não se trata de uma obrigação, mas, sobretudo, de um preceito existencial pela ressignificação da vida.
Aquele que não crê é acometido por uma profunda ruptura com sentido de sua história. Trata-se de uma experiência assustadora, pois junto à falta de fé está à marca indelével da perda de identidade, da desintegração emocional e por fim da deturpação da própria realidade. A pessoa incrédula fica perdida em um espaço sem limite e sem forma. Neste quadro, pode ser afligida por uma anormalidade espiritual “provocada” e “instalada”, ficando vazia de si e, por conseguinte, do Pai Eterno.
É assim que o preconceito contra ateus é plantado no pensamento d@s fiéis. É desse jeito reiterada a nossa falsa imagem de pessoas psicologicamente desnorteadas, vazias de mentalidade, espiritualmente deformadas, desprovidas de senso ético-moral. Tomando “ciência” disso, poucas ou nenhuma são as opções para quem passa a pensar assim de nós a não ser tentar preencher nosso “coração e mente vazios” com a religião del@s ou nos repudiar e deletar de seu círculo social.
Por isso não devemos deixar em paz os sites, jornais, revistas e emissoras de TV que dão corda a esse tipo de manifestação preconceituosa. Devemos protestar e lhes demonstrar verbalmente nossa indignação e repúdio contra quem redige e transmite preconceito, de modo que não divulguem mais algo do tipo e/ou nos deem um direito de resposta.
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Nota da editora: acho que esse é o preconceito mais disseminado sobre os ateus. Deixando de lado aquelas idéias mais absurdas – sobre sermos comedores de criancinha, ou adoradores do demônio – muitas pessoas realmente não entendem que é possível construir significados para a própria existência sem recorrer a um deus ou uma segunda vida. Gostaria de destacar duas frases da fala do padre, só duas. “A pessoa incrédula fica perdida em um espaço sem limite e sem forma”. Ok. Mas isso mais me parece ficção científica ruim descrevendo um buraco negro ou coisa do gênero. E, segundo, o que ele quis dizer com “desintegração emocional”? Doenças psicológicas? Desequilíbrio emocional? “Loucura”? Não é uma pergunta retórica, eu não entendi mesmo. Talvez um pouco de tudo isso?
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Mais sobre como são (e como não são) os ateus:
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*Nota do Blog Deus, Deuses e Ateus Dinâmicos: depois de assumir meu ateísmo minha consciência, meus sentimentos e emoções,  minha inteligência estão mais maduras, livres das amarras do preconceito e da escravidão das religiões. Melhorei para uma visão mais humanística!  Por não crer no Deus seja lá de que  religião for, nos oferecem o inferno e a isso não tememos, sabedores tudo ser fruto da imaginação humana, criada através da história da humanidade para a dominação, colonização de outros povos e outras terras massacrando seus nativos. Ver a História da colonização dos povos nos diversos continentes durante milênios com ajuda das religiões.

sábado, 29 de janeiro de 2011

REFLEXÃO DO DIA - FRIEDRICH NIETZSCHE

"– 'Somente uma coisa é necessária'... Que todo homem, por possuir uma 'alma imortal', tenha tanto valor quanto qualquer outro homem; que na totalidade dos seres a 'salvação' de todo indivíduo um possa reivindicar uma importância eterna; que beatos insignificantes e desequilibrados possam imaginar que as leis da natureza são constantemente transgredidas em seu favor – não há como expressar desprezo suficiente por tamanha intensificação de toda espécie de egoísmos ad infinitum, até a insolência. E, contudo, o cristianismo deve o seu triunfo precisamente a essa deplorável bajulação de vaidade pessoal – foi assim que seduziu ao seu lado todos os malogrados, os insatisfeitos, os vencidos, todo o refugo e vômito da humanidade. A 'salvação da alma' – em outras palavras: 'o mundo gira ao meu redor'..."
Nietzsche

O ATEÍSMO NA HISTÓRIA E NO MUNDO

Fontes de pesquisas: Wikipédia http://pt.wikipedia.org/wiki/Ate%C3%ADsmo
ATEUS.NET: http://ateus.net/

O ateísmo ou ateía, procurar não confundir com atéia, feminino de ateu, num sentido lato, refere-se à descrença em qualquer deus, deuses ou entidades divinas. Os ateus podem, contudo, incluir-se em várias modalidades de pensamento, sendo o pensamento ateísta dividido em duas categorias específicas: o ateísmo fraco e o ateísmo forte.
Alguns autores defendem um uso mais restrito do termo, reservando-o apenas para determinados grupos. Assim, não poderiam ser englobados na categoria dos ateus todas as pessoas indecisas quanto a qualquer crença religiosa, o que excluiria do conceito e sua definição aqueles que são designados como ateus fracos. Contudo, é frequente, em discursos orientados por uma religião e cultura específicas, que se considere como ateu todo aquele que não partilhe as mesmas crenças religiosas. Por exemplo, era freqüente que os antigos romanos acusassem os antigos cristãos de ateísmo, justificando assim a sua perseguição. Os textos cristãos, por seu lado, usavam o mesmo termo para classificar os seus perseguidores. Este tipo de discurso ainda é frequente atualmente.
O termo "ateu" é formado pelo prefixo grego a-, significando "ausência" e o radical "teu", derivado do grego theós, significando "deus". O significado literal do termo é, então: "sem deus".
Teísmo é a crença em algum deus, assim, a ausência da crença será o ateísmo (ausência de teísmo).O ateísmo é considerado como uma posição ideológica em relação à crença em deuses. Não pode ser considerado como um tipo específico de religião já que, na maioria das definições aceitas, para que uma dada perspectiva seja classificada como tendo caráter religioso, esta deve ter como elemento central um ou mais deuses, ou entidades divinas. Certas correntes filosóficas podem ser consideradas como ateístas, mas o conceito de ateísmo não se prende a uma filosofia ou religião específica. Devemos lembrar que algumas correntes do Budismo e Jainismo podem ser denominadas ateístas por não apresentarem nenhuma definição de deus, (mas isso é controverso e não devemos confundir Budismo com ateísmo, ou, muito menos, o inverso).
De fato, existem tantos ateus, diferentes entre si, quanto as pessoas de uma dada população, no seu todo. Pelo simples fato de uma pessoa ser atéia, não se pode inferir que esta pessoa esteja alinhada a qualquer crença positiva particular (isto é, que não se limite à ausência de crença) e não implica a aceitação de qualquer sistema filosófico específico. O ateísmo também não é uma visão do mundo ou um modo de vida: existem ateus com os mais diversos gostos musicais, preferências políticas, clubes de futebol, escolhas morais, etc. Além disso, o indivíduo ateu não é necessariamente ligado ao comunismo ou a qualquer outro sistema particular de organização social. Os ateus representam muitas vertentes do espectro político. Obviamente, o fato dos ateus discordarem das idéias de pessoas religiosas não significa que defendam a perseguição dos religiosos - embora algumas correntes políticas tenham optado pela repressão, como na antiga União Soviética, alegando que os religiosos tinham sido cúmplices do regime czarista.
Em discursos contra o ateísmo são, ainda, frequentes algumas acusações infundadas e que entrariam mesmo em contradição com a própria definição do termo. Por exemplo, os ateus não defendem a adoração de Satã, já que a crença em forças demoníacas só faz sentido aceitando-se a existência de deus(es). As crenças típicas da "nova era", ou semelhantes, são também rejeitadas, em princípio, por qualquer ateu.
Em termos gerais, o ateu é visto como alguém que aspira à objetividade e que recusa qualquer dogma. Muitos são céticos. Recusam-se a acreditar em algo por meio da fé, essencialmente e assumidamente irracional. A mesma fé que, sendo o sustentáculo das crenças de grande parte dos teístas, não o é obrigatoriamente: as idéias teístas nem sempre dependem dela. Muitos ateus consideram que a concepção mais frequente de divindade, tal como é apresentada pela maioria das religiões, é essencialmente auto-contraditória, sendo logicamente impossível a sua existência. Outros ateus também podem ser levados a rejeitar a idéia de um deus por estar em desacordo com sua ideologia.
Alguns dos que poderiam ser chamados ateus não se identificam com o termo, preferindo ser chamados de agnósticos, ou seja, ainda que deixem aberta essa possibilidade, não afirmam nem negam a existência de qualquer entidade divina, de modo que não orientam a sua vida ou suas escolhas com base no pressuposto na existência de potências sobrenaturais. Nesse caso, o agnosticismo identificar-se-ia com o "ateísmo fraco". Para muitos, o verdadeiro ateu não aceitaria nenhuma das posições acima, sendo que julga a inexistência de deuses pela impossibilidade física ou lógica dos mesmos. Não abre chance a possibilidades, pois já estaria provada pela natureza em si sua posição. Essa corrente é a também chamada de "ateísmo forte". Em última instância, há vários tipos de ateus e muitas justificativas filosóficas possíveis para o Ateísmo. Desse modo, se quisermos descobrir porque uma pessoa em particular diz ser ateísta, o melhor é perguntar-lhe directamente.
A Encyclopædia Britannica estima que cerca de 2,5% da população mundial se classifica como ateísta. Parte considerável das pessoas, cerca de 12,8%, tende a se descrever como "não-religiosa". O ateísmo é um pouco mais preponderante na Europa e na Rússia do que nos Estados Unidos e raramente se encontra no terceiro mundo (existe, contudo, em Estados que durante a Guerra fria eram considerados do 2º mundo, onde o ateísmo é ideologia oficial do Estado, como a República Popular da China, a Coréia do Norte e Cuba uma elevada percentagem de ateus). De acordo com uma pesquisa de 2003, 33% dos franceses adultos dizem que o termo "ateu" define muito bem sua posição sobre religião. Destaca-se 59% da população da República Checa, que se declara como ateísta.
É possível que o ateísmo esteja mais disseminado do que as pesquisas sugerem. Ateus que expressam abertamente a sua opinião passam frequentemente a carregar um estigma social, correndo o risco de serem discriminados, ou, em alguns países, condenados à morte. Os adeptos de visões teístas julgam aqueles que não professam qualquer crença em divindades como sendo amorais ou não confiáveis - inadequados, portanto, como membros da sociedade. O ateísmo já foi considerado crime em muitas sociedades antigas, sendo-o ainda em algumas da actualidade. As escrituras de muitas religiões condenam os descrentes. Podemos encontrar um exemplo bíblico na história de Amaleque. Na Europa Medieval, o ateísmo era tido como amoral e muitas vezes criminoso; ateus podiam ser sentenciados à morte na fogueira, especialmente em países onde actuava a Inquisição. Enquanto o Protestantismo sofria discriminação e perseguição pela então dominante Igreja Católica Romana, Calvino também defendia a morte de ateus e hereges na fogueira. O fato é que algumas igrejas, seitas ou grupos perseguiram, e ainda hoje perseguem, aqueles que não compartilham de suas interpretações religiosas, perseguindo ateus e teístas - mesmo aqueles que fazem parte da mesma religião mas que se insiram em grupos, seitas ou igrejas com interpretações religiosas distintas.Por outro lado, o ateísmo é, por vezes, a posição oficial de países Comunistas, como a ex-União Soviética, o ex-bloco Oriental e a República Popular da China. Karl Marx, ateu e descendente de rabino judeu, afirmava que religião é "o ópio do povo". Queria com isto afirmar que esta existe para encobrir o verdadeiro estado das coisas numa sociedade, tornando os indivíduos mais receptivos ao controle social e exploração. Concomitantemente, afirmava que a religião era "a alma de um mundo sem alma", querendo assim dizer que a experiência religiosa surgia como uma reação normal de busca de sentido numa realidade social alienante. Doutrinas Marxistas à parte, o fato é que tais estados encontraram um meio de desencorajar todas as religiões no intuito de enfraquecer quaisquer possíveis centros de oposição ao seu completo controle sobre esses estados. Na União Soviética e na República Popular da China, eram toleradas algumas igrejas que se submetiam ao estrito controle do estado. É notável que a resistência ao comunismo frequentemente encontrasse focos em assuntos religiosos, e ao papa João Paulo II é muitas vezes dado o crédito de ter ajudado a terminar com o comunismo no Leste Europeu.
Desde a Segunda Guerra Mundial, toda formatura militar nos Estados Unidos é acompanhada pelo freqüente uso dos dizeres "Não existem ateus em trincheiras". Durante a Guerra Fria, o fato dos inimigos dos EUA serem oficialmente ateus ("Comunistas sem deus") somou-se à visão de que ateus não são confiáveis nem patriotas. Recentemente na campanha presidencial de 1987 nos (oficialmente seculares) EUA, George H. W. Bush disse "não sei se ateus deveriam ser considerados como cidadãos nem como patriotas. Essa é uma nação sob Deus." Declarações similares foram feitas durante a discussão que cercava a inclusão da frase "sob Deus" no Juramento de Lealdade Americano, palavras que foram adicionadas ao juramento no início do período da Guerra Fria.Apesar das atitudes do período de Guerra Fria, os ateus são legalmente protegidos da discriminação nos EUA e são os mais fortes advogados da separação legal entre igreja e Estado. Os tribunais americanos regularmente - se não controversalmente - interpretam o requisito constitucional em relação à separação entre igreja e Estado como sendo protetor da liberdade dos descrentes, e também proibindo o estabelecimento de qualquer estado religioso. Os ateus muitas vezes resumem a situação legal com a frase: "Liberdade religiosa também significa liberdade da não religião."Em um nível mais profundo de discussão, ateísmo e fé não são auto-excludentes. O ponto controverso é a hipótese-deus. Ambos, ateu e o religioso de uma denominação qualquer, podem basear concepções sem uma fundamentação completa. Assim, um cidadão comum, medianamente bem-informado, pode acreditar na dualidade onda-partícula, ainda que não tenha a bagagem necessária para investigar os pressupostos em que ela se baseia. A diferença em relação à religião está no fato de que esta última não tolera investigações; sua base dogmática não é questionável sequer nos círculos mais estritos. Exemplo disso é a hierarquia de igreja católica e as sanções aplicáveis aqueles que ousam levantar hipóteses. Em religião, dogmas são menos negociáveis do que em ciência.O catecismo, exercido sobre crianças que aceitam igualmente deus e papai-noel, é um dos pontos considerados mais delicados da discussão sobre religião. Os limites entre fé legítima e defesa da doutrinação recebida tornam-se difusos: o indivíduo é impregnado pela família e pelo grupo social de uma cultura que não teve a oportunidade de escolher ou recusar. Logicamente, dificilmente terá uma base de análise e argumentação que lhe permita discutir livre e conscientemente o assunto - sejam pinturas na parede da caverna, seja um elaborado ritual em uma catedral. Por fim - e surpreendentemente - argumentos como "falta de fé" e mesmo "influência demoníaca" são empregados com grande freqüência. Cabe notar que esse retorno a um pensamento medieval é mais visível em certas denominações religiosas do que outras.Para muitos agnósticos e ateus fracos, tanto o teísta quanto o ateu forte estariam baseando suas afirmações na fé, e não no conhecimento. Segue abaixo um pequeno resumo de argumentos acerca da idéia, (aqui o termo ateu será usado como sinônimo de ateu forte).
O ateísmo não é uma crença apoiada em dogmas: ele acabaria se surgisse uma prova irrefutável da existência de entidades divinas.Nada impede que muitos teístas afirmem que abandonariam suas crenças caso fique provado que seu deus não existe. Isso não faz com que eles deixem de estar apoiados na fé.É a crença na existência de algo sem que existam provas a esse respeito que é inaceitável e não o contrário, ou seja, caso não se possa provar que algo existe, deve-se partir do pressuposto de que esse algo não existe. A descrença dos ateus não é equivalente a uma crença, uma vez que o ateísmo só existe como conseqüência da falta de provas e indícios favoráveis à existência de deuses.
É notadamente uma falácia afirmar que, porque uma coisa não foi provada como verdadeira deve ser necessariamente falsa. Para a ciência, todo aquele que afirma algo sobre a realidade passa a ter o ônus da prova. Tanto pessoas que afirmem que um deus existe quanto aquelas que afirmam não haver deuses precisam apresentar provas daquilo que estão dizendo.
A inexistência de deus não precisa ser provada porque, da maneira como é apresentada pela maioria das religiões, é essencialmente auto-contraditória. Seria logicamente impossível que tal deus exista. A lógica é freqüentemente usada tanto para tentar negar, quanto para tentar provar a existência de um criador. Até mesmo o pressuposto de que a lógica seria capaz de concluir pela existência ou não de um deus é algo questionável.
Essa discussão tem muitas facetas e envolvem desde discussões epistemológicas até a própria definição de termos como fé e crença. Não parece provável que surja uma resposta consensual no futuro próximo.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O DECÁLOGO DE BERTRAND RUSSELL

Transposto do site BOTEQUIM FILOSÓFICO VIRTUAL http://debatadesvendeedivulgue.com/botequimv/


O DECÁLOGO DE BERTRAND RUSSELL
  1. Não tenhas certeza absoluta de nada.
  2. Não consideres que valha a pena proceder escondendo evidências, pois as evidências inevitavelmente virão à luz.
  3. Nunca tentes desencorajar o pensamento, pois com certeza tu terás sucesso.
  4. Quando encontrares oposição, mesmo que seja de teu cônjuge ou de tuas crianças, esforça-te para superá-la pelo argumento, e não pela autoridade, pois uma vitória dependente da autoridade é irreal e ilusória.
  5. Não tenhas respeito pela autoridade dos outros, pois há sempre autoridades contrárias a serem achadas.
  6. Não uses o poder para suprimir opiniões que consideres perniciosas, pois as opiniões irão suprimir-te.
  7. Não tenhas medo de possuir opiniões excêntricas, pois todas as opiniões hoje aceitas foram um dia consideradas excêntricas.
  8. Encontres mais prazer em desacordo inteligente do que em concordância passiva, pois, se valorizas a inteligência como deverias, o primeiro será um acordo mais profundo que a segunda.
  9. Sê escrupulosamente verdadeiro, mesmo que a verdade seja inconveniente, pois será mais inconveniente se tentares escondê-la.
  10. Não tenhas inveja daqueles que vivem num paraíso dos tolos, pois apenas um tolo o consideraria um paraíso.
Fontes: Wikipédia; Autobiografia de Bertrand Russell (Ed. Civilização Brasileira)

REFLEXÃO DO DIA - ANN DRUYAN



"– 'Não houve conversão no leito de morte', disse Druyan, 'Nenhum apelo a 
Deus, nenhuma esperança sobre uma vida pós-morte, nenhuma pretensão 
que ele e eu, que fomos inseparáveis por vinte anos, não estávamos dizendo 
adeus para sempre'.– 'Ele não queria acreditar?', ela perguntou.
 'Carl nunca quis acreditar', ela respondeu ferozmente, 'Ele quis saber.'"

Ann Druyan, esposa de Carl Sagan

MOMENTOS DA BÍBLIA POR HUASCAR TERRA DO VALE

O autor Huascar Terra do Vale extraiu alguns momentos da escrituras sagradas do antigo e do novo testamento e coloca-nos para uma reflexão dessas citações bíblicas;
A Bíblia é o livro mais vendido de todos os tempos. É também um dos menos lidos. A imagem que se tem da Bíblia é de um livro santo, que prega o amor, a bondade, a humildade. Ledo engano. A Bíblia, principalmente o Antigo Testamento, tem passagens sangrentas e cruéis, de fazer inveja aos piores filmes de horror.
Quando Moisés desceu do Monte Sinai com as tábuas da lei percebeu que seus seguidores faziam orgias e adoravam um bezerro de ouro (Êxodo, 32:27-8).
Furioso, vociferou: "Ponde cada um de vós a espada a seu lado. Percorrei o acampamento e voltai, de portão a portão, e matai cada um o seu irmão, e cada um o seu próximo, e cada um o seu conhecido próximo". "E os filhos de Levi passaram a fazer o que Moisés dissera, de modo que naquele dia caíram do povo cerca de três mil homens".
Em Deuteronômio 20:10 e sgs., encontramos trechos horripilantes. Jeová, o Deus do Antigo Testamento, o mesmo que dissera "não matarás", aconselha aos hebreus que, ao encontrarem outro povo, façam proposta de paz. Se aceitarem a paz, deverão ser escravizados para fazer trabalho forçado. Se recusarem a proposta de paz, Jeová os entregará nas mãos dos hebreus, que deverão matar todos os homens com o fio da espada. Em seguida, deverão saquear todos os despojos, inclusive as mulheres, as criancinhas e os animais domésticos.
No mesmo livro, cap. 7, Jeová diz que seu povo escolhido deverá aniquilar sete povos que lhes serão oferecidos. "E tens que consumir todos os povos que Jeová, teu Deus, te dá. Teu olho não deve ter dó deles".
Jeová não brinca em serviço. Em II Crônicas 15:13, sentencia: "...todo aquele que não procurar por Jeová, o Deus de Israel, seja jovem ou velho, homem ou mulher, deverá ser morto". Em Êxodo 22:20, demonstra sua absoluta intolerância: "Quem oferecer sacrifícios a quaisquer deuses, e não somente a Jeová, deverá ser completamente destruído".
Em Deuteronômio 22:22-23: "Caso um homem seja encontrado deitado com uma mulher que não tenha dono, ambos têm que morrer juntos..." E continua: "...tendes que levá-los para fora do portão daquela cidade e tendes de matá-los a pedradas, e eles têm que morrer".
Em Deuteronômio 21:18, Jeová ordena que, se um homem tiver um filho obstinado e rebelde, ele e a mãe devem levá-lo para fora da cidade, chamar os anciãos e dizer-lhes que o filho deverá morrer. Todos os homens da cidade deverão atirar pedras nele até morrer. obra no sábado deverá ser morto.
Sendo assim, toda a cristandade, com a possível exceção dos adventistas (que guardam o sábado), deveria ser exterminada da face da terra.Olho por olho – a pena de talião – é a lei do Antigo Testamento. Não há lugar para perdão nem piedade. No entanto, Jesus, o mesmo Jesus que mandou dar a outra face, no Novo Testamento, também tem momentos de furor, como em Mateus 10:34: "Não penseis que vim estabelecer paz na terra; vim estabelecer, não a paz mas a espada. Pois vim causar divisão; o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe. Deveras, os inimigos do homem serão pessoas de sua própria família. Quem tiver maior afeição pelo pai ou pela mãe maior que por mim, não é digno de mim; e quem tiver maior afeição pelo filho ou pela filha que por mim não é digno de mim".
Quem duvidar, que confira!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

REFLEXÃO DO DIA - ROBERT G. INGERSOLL

"Se um Deus bondoso e infinitamente poderoso governa este mundo, como podemos justificar os ciclones, os terremotos, a pestilência e a fome? Como podemos justificar o câncer, os micróbios, a difteria e milhares de outras doenças que atacam durante a infância? Como podemos justificar as bestas selvagens que devoram seres humanos e as serpentes cujas mordidas são letais? Como podemos justificar um mundo onde a vida alimenta-se da vida? Será que os bicos, garras, dentes e presas foram inventados e produzidos pela infinita misericórdia? A bondade infinita deu asas às águias para que suas presas fugazes pudessem ser arrebatadas? A bondade infinita criou os animais de rapina com a intenção de que eles devorassem os fracos e os desamparados? A bondade infinita criou as inumeráveis criaturas inúteis que se reproduzem dentro de outros seres e se alimentam de sua carne? A sabedoria infinita produziu intencionalmente os seres microscópicos que se alimentam do nervo óptico? Pense na idéia de cegar um homem para satisfazer o apetite de um micróbio! Pense na vida alimentando-se da própria vida! Pense nas vítimas! Pense no Niagara de sangue derramando-se no precipício da crueldade!"
Robert G. Ingersoll

PESQUISA SOBRE DIVINDADES

DIVINDADES

 Pesquisa realizada na internet, na WIKIPÈDIA a enciclopédia livre. O objetivo deste estudo é revelar as várias divindades e deuses existentes no mundo, nas diversas épocas revelando também, a origem dos deuses em vários países nos diversos períodos da história humana.
Existem várias concepções de Deus ou de Deuses. Veremos as divindades ou deuses de uma perspectiva não monoteísta , focalizando as diversas formas de sentir a divindade em diversas culturas nas diversas épocas da humanidade.
Entendendo o que é divindade podemos afirmar que Divindade é um ser extranatural, usualmente com poderes significantes, cultuado, tido como santo, divino ou sagrado, e/ou respeitado por seres humanos. Normalmente as divindades são superiores aos seres humanos e à natureza.
Divindades assumem uma variedade de formas, mas são freqüentemente antropomorfas ou zoomorfas. Uma divindade pode ser masculina, feminina, hermafrodita ou neutra, sendo usualmente imortal.
Muitas vezes, as divindades são identificadas com elementos ou fenômenos da natureza, virtudes ou vícios humanos ou ainda atividades inerentes aos seres humanos.Assume-se que uma divindade tenha personalidade e consciência, intelecto, desejos e emoções, num sentido bastante humano desses termos. Além disso, é usual que uma determinada divindade presida sobre aspectos do cotidiano do homem, como o nascimento, a morte, o tempo, o destino etc. A algumas divindades é atribuída a função de dar à humanidade leis civis e morais, assim como serem os juízes do valor e comportamento humano.
É também comum atribuir às divindades, ou a interações entre elas, a criação do universo e sua futura destruição.
Historicamente, não é possível definir qual foi a primeira tribo a criar o conceito de divindade. Contudo, os escritos mais antigos até hoje encontrados referem-se às concepções vindas das religiões suméria, védica e egípcia, as quais surgiram por volta de 3600 aC.
No intuito de criar explicações para a existência dos elementos e dos seres da natureza, bem como para conhecer o sentido dos fenômenos naturais (a tempestade, o vento, o dia e a noite, as estações, etc.), os povos e tribos da antiguidade conceberam diversas divindades que, no mais das vezes, passaram a ter sentimentos e emoções idênticas às dos humanos. Daí derivaram os rituais, cerimônias e sacrifícios, que tinham como objetivo agradecer as benesses enviadas por essas divindades ou aplacar sua ira, que castigava a humanidade com alguma calamidade.Atualmente, muitos intelectuais questionam e especulam sobre o próprio conceito de Divindade, como também diversas investigações históricas e arqueológicas tentam desvendar os acontecimentos e circunstâncias em que os homens primitivos criaram os primeiros conceitos religiosos.
Em várias mitologia Deus aparece com nomes diferentes como também sua forma de ser.
Na mitologia Egípcia temos Hórus - Deus Falcão; Ísis - Deusa do Amor, da Magia e das coleitas; Osíris - Deus do Juízo; Seth - Deus da destruição; Ré (ou Rá) - Deus Sol; Ptah - Deus criador do universo; Tot - Deus da sabedoria e da escrita; Anúbis -Deus dos cemitérios, o patrono dos embalsamares e da MorteNa mitologia grega, Caos, entidade criadora; Erebus, personificação da névoa; Nix, personificação da noite; Gaia, mãe terra; Urano, personificação do céu; Zeus, Deus líder do panteão olímpico, do raio; Afrodite, Deusa da beleza; Atena, Deusa da sabedoria, da estratégia e da razão; Apolo, Deus das profecias; Ártemis, Deusa da caça; Hélios, Deus do Sol; Selene, Deusa da Lua Ares, Deus da guerra;Na mitologia nórdica: Odin, Deus líder dos Aesires; Thor, Deus do trovão; Tyr, Deus da justiça; Freya, Deusa do amor e da beleza; Jord, Deusa da terra; Bragi, Deus da sabedoria e da poesia; Loki, Deus trapaceiro; Ran, Deusa do mar;Na religião de Umbanda: Oxalá, Deus de todos os deuses; Iemanjá, Deusa dos mares; Oxum, Deusa dos rios; Iansã, Deusa dos ventos e das tempestades; Ogum, Deus da guerra; Xangô, Deus da justiça;.Na religião hinduísta: Shiva, Deus da criação e da destruição; Varuna, Deus guardião da ordem cósmica; Vishnu, Deus da justiça e da disciplina; Lakshimi, Deusa da prosperidade e da generosidade; Agni, Divindade do fogo.Na mitologia tolkieniana: Eru Ilúvatar, o Deus Supremo ; Valar, Deuses menores, essencialmente "anjos", criados do pensamento de Eru.
Na visão do Oriente médio.
No Oriente a partir dos séculos VII e VI aC., surgiram sistemas filosóficos (budismo, taoismo, confucionismo) que substituíam Deus (ou os deuses) por conceitos não-teísticos, os quais chegaram aos nossos dias, com centenas de milhões de adeptos espalhados por vários países dos mundo.
No extremo oriente (China, Japão e Índia) foram desenvolvidos complexos conceitos filosóficos não-teísticos, os quais, ao longo do tempo, tem se mesclado com as tradições de primitivas religiões politeístas, que sempre ali existiram e que estavam profundamente enraizadas no espírito do povo.
Xintoísmo – É uma religião nativa do Japão. Envolve a adoração dos Kami, que representam deuses, ou os espíritos da natureza, ou ainda, simplesmente uma presença espiritual. O tema principal e mais importante na religião Xintoísta é um grande amor e reverência pela natureza. Assim, a Lua, uma Cachoeira ou uma Rocha podem ser observados como um Kami. Os Kamis não são divindades transcendentes, mas sim seres divinos que estão próximos a nós, que habitam o mesmo mundo que nós, cometem os mesmos erros que nós, e têm sentimentos e pensamentos semelhantes aos nossos. Uma pessoa que morre pode automaticamente ser transformado em Kami, não importando o tipo de vida que ela tenha levado. Os Kamis podem ser bons ou maus. O Xintoísmo é uma coleção de rituais e métodos que regulam as relações entre os seres humanos e as divindades (Kami). A vida após a morte não é uma preocupação primária para os xintoístas, pois uma ênfase maior é colocada em encontrar a felicidade na vida nesse mundo.
Taoísmo – É uma filosofia não-teística criada por Lao-Tsé, que expôs seus pensamentos no livro: Tao Te Ching. O conceito Deus, conforme é conhecido na tradição ocidental, não existe nesta filosofia. Tudo o que existe é o Tao, que significa "O Caminho". Tao é um conceito que transcende as dimensões espaço-tempo e, portanto, não pode ser compreendido pela limitada mente humana. Constitue a essência do universo, a realidade última e indefinível, e é através do Tao – termo e meio eterno da evolução – que passam todas as coisas. Tudo é cíclico, pois Tao é a energia que flui através de toda a vida. De Tao deriva-se Yin e Yang – o número dois, que representa a natureza dual de todas as coisas (bom-mau, vida-morte, dia-noite, claro-escuro, felicidade-tristeza, saúde-doença). De Yin e Yang nasce implicitamente o três (Céu, Terra e Humanidade) e, finalmente, por extensão, se produz a totalidade do mundo na forma como o vemos e conhecemos.
Budismo – Criado por Siddhartha Gautama, o Buda ou o Iluminado, é geralmente visto como uma religião não-teística, embora pregue a existência de deuses – os devas – que são criaturas que gozam de grande felicidade em seus mundos celestiais. Contudo, esses seres, não são eternos e estão sujeitos à morte e a eventuais renascimentos como seres inferiores, amarrados a um determinado aspecto da natureza, no qual terão que incondicionalmente trabalhar. A existência do homem é passageira e cíclica – o Samsara (conjunto dos ciclos de nascimento e morte). O homem somente estará livre desse "Ciclo de Renascimentos" quando eliminar definitivamente seu auto-apreço atingindo a libertação ou Nirvana. Para os budistas somente os seres-humanos podem atingir o nirvana ou a iluminação, os deuses por desconhecerem o sofrimento são incapazes de gerar renúncia ou compaixão. O ser Iluminado confunde-se então com a Mente Universal. Diversos Tantras budistas declaram sobre esse Ser Iluminado: "Eu sou o Núcleo de todas as coisas que existe. Eu sou a Semente de todas as coisas que existe. Eu sou a Causa de todas as coisas que existe. Eu sou a Raiz da Existência".Confucionismo - Sistema filosófico, religioso e ético desenvolvido a partir dos ensinamentos de Confúcio. O objetivo principal dessa filosofia consiste - não em subjugar as pessoas a um Ser Superior (Deus) - mas sim, através de Ritos, trabalhar no interior delas, a fim de moldar seu comportamento e dar auto-controle sobre seus desejos. Nesse sentido, todos reconhecerão sua posição relativa diante de seus semelhantes, identificando a cada instante quem é o mais jovem e quem é o mais sábio, quem é o visitante e quem é o dono da casa, e assim por diante; e atingirão o conhecimento sobre sua obrigação entre os outros e sobre o que esperar deles. Há obrigações específicas prescritas para todos os participantes em todas as ramificações do relacionamento humano. "Não faça aos outros, aquilo que voce não quer que eles façam a você", é a máxima chinesa conhecida como Regra de Ouro do Confucionismo. A solidariedade e a educação são os grandes ideais buscados por essa filosofia, e em Confúcio está o maior exemplo dessas virtude.Além da visão teística (politeísmo ou monoteísmo), a divindade pode ainda ser visualizada sob a ótica dos seguintes conceitos filosófico-religiosos:
Ateísmo – Contrapondo-se à visão do teísmo, o ateísmo nega a existência de Deus ou dos deuses. Para alguns ateus, o conceito Deus deixou como sequela para a humanidade uma inumerável quantidade de tradições e costumes, mantidas em seu nome, que conduziram o ser humano a um segundo plano, fato este que fez girar a roda da história contra ele mesmo, subjugando-o à vontade deste conceito intangível, e limitando sua vida e sua criatividade por gerações e gerações.Agnosticismo – Dentro da visão agnóstica, não é possível provar racionalmente a existência de Deus, como também é igualmente impossível provar a sua inexistência. O politeísmo e o monoteísmo enquadram-se dentro de uma visão gnóstica de deus, isto é, Deus ou os deuses são seres cujos atributos estão perfeitamente definidos ou revelados em seus livros sagrados. Para um agnóstico, no entanto, Deus pode até existir, porém suas características são incompreensíveis para a razão humana.
Panteísmo – A visão panteísta sustenta que o Universo inteiro é o próprio Deus. Assim: "Deus é o Universo, e o Universo é Deus". No panteísmo dá-se ênfase às divindades imanentes, enquanto que no Panenteísmo (visão em que o Universo está inteiramente contido em Deus, porém Este é alguma coisa maior que o Universo) dá-se ênfase às características transcendentais de Deus.
Animismo – Crença na qual se atribui a todos os elementos do cosmos (Sol, Lua, estrelas), a todos os elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), a todos os seres vivos (animais, árvores, plantas) e a todos os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite) um princípio vital e pessoal, isto é, uma Alma. Consequentemente, todos esses elementos são passíveis de possuirem: sentimentos, emoções, vontades ou desejos, e até mesmo inteligência. Resumidamente, os cultos animistas alegam que: "Todas as coisas são Vivas", "Todas as coisas são Conscientes", ou "Todas as coisas têm uma Alma". Atualmente, discute-se quais foram historicamente os primeiros cultos que deram origem a todas as religiões e a todos os deuses. Alguns historiadores e cientistas defendem a tese de que foram os mitos politeístas, enquanto outros afirmam que foram os cultos animistas.
Algumas pessoas especulam que Deus ou os deuses são seres extra-terrestres. Muitas dessas teorias sustentam que seres inteligentes provenientes de outros planetas visitaram a Terra no passado e influenciaram no desenvolvimento das religiões. Alguns livros propoem que tanto os profetas como também os messias foram enviados ao nosso mundo com o objetivo exclusivo de ensinar conceitos morais e encorajar o desenvolvimento da civilização.
Especula-se também que toda a religiosidade do homem criará no futuro uma entidade chamada Deus, a qual emergirá de uma inteligência artificial. Arthur Charles Clarke, um escritor de ficção científica, disse em uma entrevista que: "Pode ser que nosso destino nesse planeta não seja adorar a Deus, mas sim criá-Lo".
Outros especulam que as religiões e mitos são derivadas do medo. Medo da morte, medo das doenças, medo das calamidades, medo dos predadores, medo do desconhecido. Com o passar do tempo, essas religiões foram subjugadas sob a tutela das autoridades dominantes, as quais se transformaram em governantes divinos ou enviados pelos deuses. Dessa forma, a religião é simplesmente um meio para se dominar a massa. Napoleão Bonaparte disse que: "o povo não precisa de deus, mas precisa de religião", o que quer dizer que a massa necessita de uma doutrina que lhe discipline e lhe estabeleça um rumo, sendo que deus é um detalhe meramente secundário.Estão catalogados mais de dois mil deuses na história da humanidade. Nas dezenas ou centenas de mitologias ele aparece com nomes diferentes.
O MONOTEÍSMO
O monoteísmo é a crença em um só Deus. Diferente do politeísmo que conceitua a natureza de vários deuses, como também diferencia-se do henoteísmo por ser este a crença preferencial em um deus reconhecido entre muitos.
A divindade, nas religiões monoteístas, é onipotente, onisciente e onipresente, não deixando de lado nenhum dos aspectos da vida terrena. A crença em um só Deus, que para além de ser considerado todo-poderoso é também um ícone moral para os adeptos de religiões monoteístas - exigindo dos fiéis observância de normas de conduta consideradas puras.
São exemplos de religiões monoteístas o Cristianismo, a Fé Bahá'í, o Islamismo e o Judaísmo.
Religiões Abraâmicas
Visão Bahá'í
Os Bahá'ís acreditam em um único Deus, o criador de todas as coisas, que incluem todas as criaturas e forças do universo. A existência de Deus é conceituada como eterna, não tendo começo ou fim. Embora inacessível e incognoscível, Deus é tido como consciente de Sua criação, com vontade e propósito. Os Bahá'ís acreditam que Deus expressa Sua vontade de várias maneiras, incluindo uma série de mensageiros divinos referidos como Manifestantes de Deus ou algumas vezes como educadores divinos. Essas manifestações que estabelecem religiões no mundo, são uma forma de Deus educar a humanidade.
Os ensinamentos Bahá'ís declaram que Deus compreende tudo, por isso não pode ser compreendido. Na religião Bahá'í Deus é frequentemente referido por títulos, como "Todo-Poderoso" ou "Suprema Sabedoria", e há quantidade considerável de ênfase no monoteísmo.A Fé Bahá'í conceitua como caráter monoteísta as maiores religiões independentes, determinando um padrão de revelação continuada entre todas elas.
Visão Cristã
Na Bíblia, o livro sagrado dos Cristãos, encontra-se considerável número de confirmação do monoteísmo. É usualmente atribuído a Deus qualidades como Onipotência, Onipresença e Onisciência.
De acordo com a maioria dos cristãos, a Trindade, que consiste na crença de três aspectos de uma mesma concepção: Cristo, o Pai e o Espírito Santo - não anula o conceito monoteísta da religião cristã. A palavra trindade não está presente na Bíblia, tendo sido criada no Concílio de Nicéia pela Igreja Católica Romana. Entretanto, existem certas seitas cristãs, como o Mormonismo, que são henoteístas.
Visão Islâmica
Deus é considerado único e sem igual. Cada capítulo do Alcorão (exeto dois) começa "Em nome de Deus, o beneficente, o misericordioso". Uma das passagens do Alcorão que é frequentemente usada para demonstrar atributos de Deus diz:"Ele é Deus e não há outro deus senão Ele, Que conhece o invisível e o visível. Ele é o Clemente, o Misericordioso!Ele é Deus e não há outro deus senão ele. Ele é o Soberano, o Santo, a Paz, o Fiel, o Vigilante, o Poderoso, o Forte, o Grande! Que Deus seja louvado acima dos que os homens Lhe associam!
Ele é Deus, o Criador, o Inovador, o Formador! Para ele os epítetos mais belos" (59, 22-24).
Visão Judaica
O judaísmo é uma das mais antigas religiões monoteístas conhecidas.O príncipio básico do judaísmo é a unicidade absoluta de YHWH como Deus e Criador, Onipotente, Onisciente, Onipresente, que influencia todo o universo, mas que não pode ser limitado de forma alguma, o que carateriza em idolatria, o pecado mais mortal de acordo com a Torá. A afirmação da crença no monoteísmo manifesta-se na profissão de fé judaica conhecida como Shemá. Assim qualquer tentativa de politeísmo é fortemente rechaçada pelo judaísmo, assim como é proibido seguir ou oferecer prece à outro que não seja YHWH.Conforme o relacionamento de YHWH com Israel, o judaísmo enfatiza certos aspectos da divindade chamando-o por títulos diferenciados (ver Nomes de Deus no Judaísmo).
Frase referida no Torah (Deuteronômio 6:4): "Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.
O Islamismo e o Judaísmo consideram o cristianismo uma crença politeísta, independente de crerem ou não na Trindade.
Religiões Dharmicas
Hinduísmo
O Vedas é o livro mais sagrado no Hinduísmo. O mais antigo deles, o Rigveda, datando para mais de 3000 anos atrás, contém evidências da emergência de um pensamento monoteísta.
Sikhismo
O Sikhismo é essensialmente monoteísta, fundada em fins do século XV na região atualmente divida ente o Paquistão e a Índia. Os sikhs acreditam em um Deus, Onisciente, Onipresente, Supremo Criador.

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