Confira as publicações mais recentes do ateus.net:
- Pensamentos sobre Astrologia: fato ou desejo de acreditar?
Prefácio Lembro-me da primeira vez em que ouvi falar em Astrologia: foi na sexta série, quando uma garota, por quem eu era apaixonado e para a qual eu sempre comprava um bombom na cantina, havia me perguntado qual era meu signo ascendente. Como fui criado sob uma vigilante e temerosa doutrinação cristã — hoje, adulto, livre dos grilhões mentais de qualquer religião que seja, graças a Deus —, falar com meus pais sobre um dos animais do zodíaco em contextos específicos, na mesa do jantar, era motivo suficiente para explodir um jihad em média escala. Uma pena, pois tudo que a catequese me proibia, acabava criando em mim o impulso de curiosidade necessário para fazer uma investigação pessoal sobre o assunto. (...)
- O Apocalipse segundo Cioran
A história universal não é senão uma recorrência de catástrofes em direção a uma catástrofe final.
- O universo tem um propósito?
Improvável. Talvez você esperasse uma afirmação mais forte, num sentido ou noutro. Mas, como cientista, não acho que possa fazê-lo. Enquanto nada na biologia, química, física, geologia, astronomia ou cosmologia jamais forneceu evidências diretas de haver propósito na natureza, a ciência nunca poderá provar acima de qualquer dúvida que não tal propósito não existe. Como disse Carl Sagan, em outro contexto: ausência de evidência não é evidência de ausência. Naturalmente, nada impediria que a ciência descobrisse evidências positivas de orientação ou propósito divinos, se estas estivessem ao nosso alcance. (...)
- O Mito de Sísifo: Ensaio sobre o Absurdo
UM RACIOCÍNIO ABSURDO As páginas que se seguem tratam de uma sensibilidade absurda que se pode encontrar esparsa em nosso século — e não de uma filosofia absurda que o nosso tempo, para sermos claros, não conheceu. É, portanto, de uma honestidade primordial assinalar, logo de início, o que elas devem a certos espíritos contemporâneos. Minha intenção de ocultá-los é tão pequena, que eles se verão todos citados e comentados ao longo da obra. Mas é proveitoso observar, ao mesmo tempo, que o absurdo, tomado até aqui como conclusão, é considerado neste ensaio como um ponto de partida. Nesse sentido, pode-se dizer o quanto há de provisório na minha ponderação: nada se saberia conjeturar na posição a que ela obriga. (...)
- Os Quatro Cavaleiros do Ateísmo
- James Randi explica a Homeopatia
- A ciência como conhecimento derivado dos fatos da experiência
Uma perspectiva de senso comum amplamente defendida sobre a ciência Na Introdução arrisquei sugerir que o lema "A ciência deriva dos fatos" capta uma concepção popular da característica distintiva da ciência. Nos primeiros quatro capítulos deste livro, esta perspectiva será sujeita a um escrutínio crítico. Descobriremos que muitas das implicações tipicamente atribuídas ao lema são indefensáveis. Ainda assim, descobriremos que o lema não é completamente descabido e tentarei formular uma versão defensável do mesmo. (...)
- Jesus de Nazaré
- Moral não cai do céu
- A minha causa é a causa de nada
Há tanta coisa a querer ser a minha causa! A começar pela boa causa, depois a causa de Deus, a causa da humanidade, da verdade, da liberdade, do humanitarismo, da justiça; para além disso, a causa do meu povo, do meu príncipe, da minha pátria, e finalmente até a causa do espírito e milhares de outras. A única coisa que não está prevista é que a minha causa seja a causa de mim mesmo! "Que vergonha, a deste egoísmo que só pensa em si!" Vejamos então como se comportam com a sua causa aqueles para cuja causa se espera que nós trabalhemos, nos sacrifiquemos e nos entusiasmemos. (...)
- A história natural da religião
Introdução Embora toda a investigação sobre a religião tenha a maior importância, existem duas questões em particular que prendem a nossa atenção, nomeadamente aquela que diz respeito ao seu fundamento racional e aquela que diz respeito à sua origem na natureza humana. Felizmente, a primeira questão, que é a mais importante, admite a solução mais óbvia ou pelo menos mais clara. Toda a estrutura da natureza indicia um autor inteligente, e nenhum investigador racional, após uma séria reflexão, pode suspender por um momento a sua crença nos primeiros princípios do teísmo e religião genuínos. Mas a outra questão, aquela que diz respeito à origem da religião na natureza humana, está exposta a maiores dificuldades. (...)
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