"Onde fica o cemitério dos deuses mortos? Algum enlutado ainda regará as flores de seus túmulos? Houve uma época em que Júpiter era o rei dos deuses, e qualquer homem que duvidasse de seu poder era ipso facto um bárbaro ou um quadrúpede. Haverá hoje um único homem no mundo que adore Júpiter? E que fim levou Huitzilopochtli? Em um só ano – e isto foi há apenas cerca de quinhentos anos – 50 mil rapazes e moças foram mortos em sacrifício a ele. Hoje, se alguém se lembra dele, só pode ser um selvagem errante perdido nos cafundós da floresta mexicana. Falando em Huitzilopochtli, logo vem à memória seu irmão Tezcatilpoca. Tezcatilpoca era quase tão poderoso: devorava 25mil virgens por ano. Levem-me a seu túmulo: prometo chorar e depositar uma couronne des perles. Mas quem sabe onde fica? (...) Arianrod, Nuada, Argetlam, Morrigu, Tagd, Govannon, Goibniu, Gunfled, Odim, Dagda, Ogma, Ogurvan, Marzin, Dea Dia, Marte, Iuno Lucina, Diana de Éfeso, Saturno, Robigus, Furrina, Plutão, Cronos, Vesta, Engurra, Zer-panitu, Belus, Merodach, Ubililu, Elum, U-dimmer-an-kia, Marduk, U-sab-sib, Nin, U-Mersi, Perséfone, Tammuz, Istar, Vênus, Lagas , Belis, Nirig, Nusku, Nebo, Aa, En-Mersi, Sin, Assur, Apsu, Beltu, Elali, Kusky-banda, Mami, Nin-azu, Zaraqu, Qarradu, Zagaga, Ueras. Peça ao seu vigário que lhe empreste um bom livro sobre religião comparada: você encontrará todos eles devidamente listados. Todos foram deuses da mais alta dignidade – deuses de povos civilizados –, adorados e venerados por milhões. Todos eram onipotentes, oniscientes e imortais. E todos estão mortos".
H. L. Mencken
* "Todo homem tem o direito de pensar. Por que Deus daria asas aos pássaros para fazer do vôo um crime? Por que Ele me daria um cérebro e faria do pensamento um crime?” Robert Green Ingersol em discurso sobre a Intolerância Religiosa apresentado em Pittsburgh no dia 14 de outubro de 1879
"Vivemos ainda nesse estranho regime que associa a moralidade à crença religiosa, como se existisse alguma relação entre religiosidade e comportamento moral, como se não soubéssemos nada sobre a lambança feita pelos padres com as crianças e adolescentes – para não falar dos séculos de lambança obscurantista e anticientífica promovida pelas religiões..." Idelber Avelar
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Onde fica o cemitério dos deuses mortos ?
ResponderExcluirAlgum enlutado ainda regará as flores de seus túmulos?
Houve uma época em que Júpiter era o rei dos deuses, e qualquer homem que duvidasse de seu poder era “ipso facto” um bárbaro ou quadrúpede. Haverá hoje um único homem no mundo que adora Júpiter ?
E que fim levou Huitzilopochti ?
Em um só ano – e isto foi há apenas cerca de quinhentos anos – 50 mil rapazes e moças foram mortos em sacrifício a ele. Hoje, se alguém se lembra dele, só pode ser um selvagem errante perdido nos cafundós da floresta mexicana. Falando em Huitzilopochti, logo vem à memória seu irmão Tezcatilpoca era quase tão poderoso: devorava 25 mil virgens por ano. Levem-me a seu túmulo: prometo chorar e depositar uma couronne des perles.
Mas quem sabe onde fica ?
Arianrod, Nuada, Argetiam, Morrigu, Tagd, Goavannon, Gibiniu, Gunfield, Odim, Dagda, Ogma. Ogurvan, Marzin, Dea, Marte, Iuno, Lucina, Diana de Éfeso, Saturno, Robigus, Furrina, Plutão, Cronos, Vesta, Engurra, Zer-panitu, Belus, Merodach, Ubililu, Elum, U-dimmer-an-kia, Marduck, U-sa-sib, Nin, U-Mersi, Perséfone, Tammuz, Istar, Vênus, Lags, Belis, Nirig, Nusku, Nebo, Aa, Em-Mersi, Sin, Assur, Apsu, Beltu, Elali, Qarradu...
Peça a seu vigário que lhe empreste um livro sobre a religião comparada: você encontrará todos eles devidamente listados.
Todos foram deuses da mais alta dignidade – deuses de povos civilizados, adorados e venerados por milhões.Todos eram onipotentes, oniscientes e imortais. E todos estão mortos.”
(H. L. Mencken)
Leia mais em,
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Parabéns pelo seu Blog William Pereira
Saudações Irreligiosas
Oiced Mocam
Porto Alegre/RS