"Vivemos ainda nesse estranho regime que associa a moralidade à crença religiosa, como se existisse alguma relação entre religiosidade e comportamento moral, como se não soubéssemos nada sobre a lambança feita pelos padres com as crianças e adolescentes – para não falar dos séculos de lambança obscurantista e anticientífica promovida pelas religiões..." Idelber Avelar

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O CRISTIANISMO É COMUNISTA E OS CRISTÃOS NÃO SABEM.


O Cristianismo é Comunista e os Cristãos Não Sabem
Postado por Assis Utsch em 10 novembro 2010 às 10:00

Com exceção de alguns segmentos existentes em seu interior, a Igreja sempre abominou o comunismo. Um movimento à parte é a Teologia da Libertação, que é socialista. Tirante essas facções, a Igreja repudia o comunismo, sem perceber entretanto que o cristianismo é socialista, conforme centenas de versículos dos Evangelhos. Mas isto é parte da alienação cristã. Embora tais afirmações possam soar paradoxais, dado o grande confliito entre comunismo e cristianismo, na verdade sua grande diferença vem da contestação de Deus por parte de Marx, e também por seu repúdio à servidão cristã. Ambas as ideologias são dogmáticos, e se hoje o cristianismo não faz as matanças que o comunismo fez até recentemente, no passado aqueles também fizeram milhões de morticínios.
Nos Evangelhos, quando se manda o fiel vender tudo que tenha e dar o dinheiro aos pobres, está-se estabelecendo uma norma comunista (Mateus, 19.21); quando se manda compartilhar tudo com outrem, tem-se outra regra comunista (Atos, 4.32); da mesma forma, quando se manda o possuidor de duas túnicas dar uma a quem não tenha, outro princípio comunista se instala (Lucas, 3.11). Por outro lado, ao vedar o reino dos céus aos ricos, um mandamento anticapitalista é anunciado (Mateus, 19.24); quando os comerciantes são expulsos do templo, está-se criando uma hostilidade aos principais agentes da riqueza (Mateus, 21.12); quando as mesas dos cambistas são derribadas, tem-se o início do ódio aos banqueiros, aos grandes corretores, grandes financistas (Mateus, 21.12); quando se consideram as riquezas a raiz de todos os males, os ressentimentos contra os ricos se exacerbam mais uma vez (1Timóteo, 6.10); e quando se manda contentar-se com o que se tem, outro apelo anticapitalista se estabelece (Hebreus, 13.5).
Bem, não há necessidade de continuar citando outros trechos do Novo Testamento para se descobrir seu comunismo ou seu anticapitalismo. Todavia, a partir da Reforma o protestante perdeu esse viés socialista e passou a valorizar a iniciativa individual; ele deixou de ter um sentimento de culpa diante das riquezas, passou a celebrá-la, eis que sua prosperidade agora seria resultado da bênção de Deus sobre seu trabalho; enquanto a pobreza seria o sinal da danação. Já o católico continuou celebrando e festejando a pobreza – o passaporte para o céu – ainda que dissimuladamente a riqueza lhe seja bem vinda.


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